Diários em um
sábado, 30 de setembro de 2023
Costura
terça-feira, 23 de maio de 2023
Lara #02
Sim, mudamos. Seja para o mar, para o céu ou para o fogo. Podem chamar de fora do normal, mas quem determinou que precisava ser igual?
Eu mergulhei. E descobri que é assim que respiro: de fora para dentro.
sexta-feira, 28 de abril de 2023
Luana. #01
sábado, 22 de abril de 2023
#01 - Lara.
Parece que tem muito que eu não conheço e ao mesmo tempo eu nunca soube tanto sobre os outros e tão pouco sobre mim. Sempre li muito na escola, mas nada que me preparasse para quando eu sentisse todas essas coisas.
Sinto falta de não ter tantas perguntas borbulhando em mim.
E toda a noite tenho o mesmo sonho, as mesmas águas, os mesmos olhos. O amor não é mais o mesmo. Nem a amizade, nem o medo. Minhas conchinhas se partem. O lugar que moro não parece mais ser igual e todos acham que ainda não tenho idade para entender, então por que sinto que faço parte do que não conheço?
Não me sinto como as outras garotas da minha idade. Falta algo que eu não sei dizer e eu sinto tudo ao meu redor, o que eles temem, o que amam, o que desejam. Se todos não são como eu, afinal, o que há de tão errado em mim? Procuro as conchas que respondam.
sexta-feira, 17 de março de 2023
Recado.
quinta-feira, 16 de março de 2023
Emma e o mar.
quarta-feira, 15 de março de 2023
Por falar em saudade.
Naquele dia, Alice decidiu calar a música. Ela tinha pensado por muitas noites no quanto sua vida poderia mudar se apenas decidisse seguir o som que parecia tocar numa direção. Porém, quando estava prestes a voar rumo aos braços que a libertariam, percebeu que estava sozinha. Mas de que adiantaria lamentar?
A história inteira de sua vida tinha sido uma despedida, desde o seu nascimento, que foi a partida de sua mãe. Depois seu tio, sua família, seus amigos. Talvez o que dizem a seu respeito seja mesmo verdade e seja ela a maldição que puxa os outros para longe. Então, o que é mais um adeus? Esses que aqui estão, amanhã já não mais estarão. Assim como a natureza, as ervas, a terra… nasce, cresce e parte.
Por falar em saudade, onde anda você? Ela viu o suficiente para saber onde andavam os olhos que já não mais via. Ela sentiu.
A menina dos telhados finalmente compreendeu porque sempre gostou de ver tudo de cima: para se despedir do mundo aos poucos.
A magia podia nascer dela, a luz podia trazer a bondade, mas a sua essência estava cada vez mais triste. Seria a hora de ir embora?
Ou será que apenas um recomeço?
Alice, é hora de se despedir da inocência.
Por falar em saudade, você a sentiu sozinha.
Costura
É que você nunca foi boa com linhas, Alice. Por mais que soubesse das plantas, sufocou a raiz com as mãos. Deixou o fio se perder, deixou r...
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P ode dizer que ligou sem ter por quê. Me diz que não pensa, que não sente. Pega toda a tempestade que insiste em explodir de ti e cala, tro...
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Naquele dia, Alice decidiu calar a música. Ela tinha pensado por muitas noites no quanto sua vida poderia mudar se apenas decidisse seguir o...
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Mas há daquele lado quem me julgue sem nem conhecer, Há do outro quem apenas fala e jamais escuta outro som, Logo em frente apagam as luze...